MAIS ATENÇÃO COM O MOSQUITO “AEDES” COM A CHEGADA DAS CHUVAS
As chuvas registradas nos últimos dias na região trouxeram alívio às temperaturas escaldantes e certa esperança na retomada do acúmulo de águas nos reservatórios, esperança para o agricultor fazer suas plantações. Com as precipitações, no entanto, o alerta para o risco de contágio das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti retorna com toda força e, com ele, a necessidade de combate ao mosquito e à sua proliferação.
Acompanhe e siga as orientações, converse com familiares, vizinhos e amigos, fazendo sua parte na luta contra o Aedes aegypti.
Dengue
A dengue é causada por um arbovírus (vírus em que parte da replicação ocorre em insetos) do gênero Flavivírus da família Flaviviridae. Ele é transmitido de uma pessoa para outra pela picada da fêmea de um hospedeiro intermediário, o mosquito Aedes aegypti. Uma vez infectada, a fêmea jamais deixa de transmitir o vírus da dengue. Apesar da vida curta, ela é voraz: pode picar uma pessoa a cada 20 ou 30 minutos. Já foi liberada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), uma vacina contra o vírus da dengue, em três doses. Ela protege contra os quatro tipos de vírus da dengue, que o Aedes aegypti pode transmitir. Entretanto o faz de forma desigual e sua eficácia não é considerada muito alta. Está em fase final de testagem, outra vacina contra dengue, em dose única, desenvolvida pelo Instituto Butantan (SP), em parceria com institutos de saúde americanos, que também protege contra os quatro tipos de vírus.
Zika
O Zika vírus (ZIKAV) é um arbovírus que pertence à família Flaviviridae, a mesma dos vírus da dengue e da febre amarela. Ele pode infectar humanos e macacos, que funcionam como reservatórios para a contaminação de mosquitos do gênero Aedes. No Brasil, identificado em 2015, na Bahia, ele encontrou no Aedes aegypti o vetor ideal para a transmissão da febre zika, uma doença nova no país. Os estudos mostram que a picada do mosquito Aedes aegypti não é a única forma de transmitir o vírus da zika. A transmissão pode ocorrer também da mãe para o feto durante a gestação, por transfusão de sangue e por via sexual. Em 80% dos casos, a febre zika é uma doença assintomática, que pode ter complicações bastante graves. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde já reconheceram oficialmente a relação entre o nascimento de bebês com má-formação cerebral (microcefalia) e a circulação simultânea do ZIKAV, no Brasil.
Febre chikungunya
A febre Chikungunya é uma doença causada por um arbovírus, o CHIKV, que pertence ao gênero Alphavirus da família Togaviridae. Como a descoberta desse vírus é mais ou menos recente, a disseminação rápida da doença no Brasil é atribuída à falta de anticorpos na população para combater o novo agente da infecção. Embora alguns sintomas sejam semelhantes nas três doenças (dengue, febre amarela e chikungunya) o mais característico da febre chikungunya é a dor nas articulações, que pode pendurar por anos e comprometer a qualidade de vida. Daí o nome chikungunya que, no idioma africano, quer dizer “aqueles que se dobram” ou não a inchaço (edema), podem persistir por meses e tornarem-se incapacitantes. Encefalite (inflamação do cérebro) é uma complicação que pode ocorrer nos casos graves da doença.
Medidas que podem evitar a contaminação
- Elimine todos os focos de água parada – O mosquito precisa da água parada para colocar seus ovos, então qualquer lugar que possa acumular o mínimo de água pode virar um foco da doença.
- Use repelente – A orientação é que se aplique o repelente regularmente, seguindo as instruções na própria embalagem.
- Use roupas compridas – Calças, blusas de manga comprida e roupas grossas para evitar que à picada por cima delas.
- Casa “à prova de mosquito” – Sempre que possível, durma atrás de “barreiras físicas”, como portas fechadas, janelas vedadas e telas de mosquito.
- Cuidado com o Lixo – O lixo doméstico também pode se tornar um terreno fértil para os mosquitos
- Fumacê – Ela consiste em levar caminhonetes com “mangueirões” que soltam jatos de inseticidas em casas
- Estratégias de controle do mosquito – Uma das estratégias adotadas para controlar a proliferação do Aedes aegypti foi desenvolver um mosquito macho geneticamente modificado com a proteína TTA.